quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Espanha é o país da Europa com mais jovens desempregados e sem estudo Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/espanha-o-pais-da-europa-com-mais-jovens-desempregados-sem-estudo-6050857#ixzz29iEfUVnI © 1996 - 2012. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.


MADRI — A crise econômica disparou o número de jovens da Espanha que não estudam e nem trabalham, conhecidos como a “generación ni-ni”. Em 2010, 23,7% dos espanhóis entre 15 e 29 anos se encontravam nesta situação, segundo o relatório Panorama da Educação 2012 da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) publicado nesta terça-feira.
Trata-se da segunda maior porcentagem da OCDE, somente atrás de Israel, com 27%, e se situa quase oito pontos acima da média dos países da organização, de 15,8%. Espanha também é o país com maior taxa de desemprego entre os cidadãos com ensino superior, e o segundo entre os que têm ensino secundário completo.
A porcentagem de jovens “ni-ni“ cresceu um ponto em 2010 em relação a 2009, quando havia registrado um salto de seis pontos na comparação com o ano anterior, protagonizando um dos maiores aumentos do grupo de países analisados —a OCDE é formada por 34 países considerados desenvolvidos, exceto México, Chile e Turquia.
Os mais afetados pela falta de oportunidades profissionais são os maiores de 25 anos, cuja taxa alcança 28,6%, 8,6 pontos acima da média da OCDE, seguidos pelos jovens entre 20 e 24 anos, cuja taxa chega a 27,4%. No total, independentemente da idade e do nível de estudos, o relatório destaca que o tamanho da população “ni-ni” na Espanha quase dobra a média da OCDE.
O relatório aponta também que a crise afeta com mais força os adultos com formação inferior. A taxa de desemprego cresceu de 9% em 2007 para 24,7% em 2010 entre os espanhóis com educação secundária, enquanto no caso dos com formação universitária, aumentou de 4,8% para 10,4%.
Apesar de resistir melhor ao avanço do desemprego, as categorias com formação superior na Espanha não escapam do contexto de recessão do país e suportam uma taxa de desocupação muito maior que a média da OCDE: em 2010, a porcentagem da Espanha era a segunda mais elevada da organização para pessoas com educação universitária (10,4%, enquanto a média era de 4,7%).
O maior nível de educação permite também reduzir a brecha salarial entre os gêneros e, no caso da Espanha, se diferencia da maioria dos países. O relatório destaca também a boa taxa de matrícula das crianças da Espanha, com 99% dos menores de três anos escolarizados, em sua maioria em instituições públicas de ensino.


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