segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Espanha


Informações da Espanha, Bandeira da Espanha, Cultura Espanhola, Mapa da Espanha, Consulado da Espanha, Tudo sobre a Espanha, Informações Geográficas, Econômicas, Políticas e Culturais, Informações Gerais sobre o país Espanha

Bandeira da Espanha





DADOS PRINCIPAIS
ÁREA: 505.954 km²
CAPITALMadri
POPULAÇÃO: 47,19 milhões de habitantes (2011)
MOEDA: Euro - EUR
NOME OFICIAL
Reino da Espanha (Reino de España).
NACIONALIDADE: espanhola
DATA NACIONAL12 de outubro - Aniversário do Descobrimento da América.
HINO DA ESPANHA
Brasão de Armas da Espanha Brasão de Armas da Espanha

GEOGRAFIA DA ESPANHA:
Mapa da Espanha
LOCALIZAÇÃOsudoeste da Europa
FUSO HORÁRIO: +4h em relação à Brasília
CLIMA DA ESPANHA
mediterrâneo, oceânico (Norte)
CIDADES DA ESPANHA (PRINCIPAIS)
: Madri, BarcelonaValênciaSevilhaZaragoza e Bilbao , MálagaOviedoVigoGranadaAlicantePalma de Mallorca 
COMPOSIÇÃO DA POPULAÇÃO:
  espanhóis 98,5%, outros 1,5% (censo de 1996).
TERRITÓRIOS: Ceuta e Melilla.
IDIOMASespanhol (oficial), basco, galego e catalão.
RELIGIÃOcristianismo 90,1% (católicos 92,3%, outros 1,8%, dupla filiação 1%, sem filiação 3%), agnoscismo e ateísmo 8,1%, outros 0,2%, islamismo 1,6% (dados de 2010)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 93,51 hab./km2 (2011)
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO: 0% ao ano (1995-2000). 
TAXA DE ANALFABETISMO: 2,3% (censo de 2000).

RENDA PER CAPITA: US$ 29.600 (estimativa 2011).
IDH: 0,878 (Pnud 2011) - desenvolvimento humano muito alto
ECONOMIA DA ESPANHA :
Produtos Agrícolas:
 trigo, beterraba, legumes e verduras, frutas cítricas, uva, azeitona e cevada.
Pecuária: bovinos, suínos, ovinos, aves.
Mineraçãocarvão, gás natural, gipsita.
Indústria
automobilística, naval, química, siderúrgica (aço), têxtil e calçados.
PIB: US$ 
1,378 trilhão (2011)


Consulado Geral da Espanha em São Paulo
Av. Brasil, 948 - Jardim América
CEP 01430-000 - São Paulo - SP
tel. (0xx11) 3087-2600
fax (0xx11) 3063-2048
Embaixada da Espanha:
SES - Av. das Nações,Qd. 811, lote 44
Brasília, DF.
CEP: 70429-900
Tel. (061) 3701-1600, fax (061) 3242-1781, e-mail: embespbr@correo.mae.es
RELAÇÕES INTERNACIONAIS:
- Banco Mundial, FMI, OCDE, OMC, União Europeia, ONU e OTAN.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

História da Espanha


Na antiguidade a Península Ibérica foi habitada por celtas, fenícios, gregos e cartagineses. Em 49 a.C. a região foi  conquistada e unificada pelo Império Romano.
No século 4, teve início as invasões de tribos bárbaras, com predomínio final dos visigodos. No século 8, os mouros, que já dominavam o norte da África, estenderam seu domínio à Península Ibérica. Nos séculos seguintes os cristãos foram gradativamente reconquistando a Península, sendo Granada o último domínio mouro.
Nasce o Império Espanhol
Após séculos de luta, a reunificação da Espanha foi finalmente concluída em 1492, com a retomada de Granada e o casamento dos reis católicos: Isabel I de Castela e Fernando II de Aragão.
O período seguinte é de prosperidade para a Espanha, com forte investimento na expansão marítima. A viagem de Cristóvão Colombo tornou a América conhecida pela Europa e trouxe do continente americano enormes quantidades de metais preciosos. A Espanha transformou-se na maior potência econômica do Planeta da época.
A Decadência do Império
Em 1588, a armada espanhola, considerada invencível, foi derrotada pela Inglaterra, dando início à decadência do Império Espanhol. No início do século 19, as colônias espanholas americanas iniciaram movimentos de  independência. Em 1898, a Guerra Hispano-Americana resulta no fim do Império Espanhol, com as últimas colônias cedidas para os Estados Unidos.
A Guerra Civil Espanhola (1936 - 1939)
Mo início do século 20, havia agitação anarquista e um movimento separatista da Catalunha. Em 1931, o rei Alfonso XIII foi deposto. Conflitos entre as forças de esquerda, que governaram a Espanha de 1931 a 1933, e de centro-direita (1933 a 1935) culminaram na Guerra Civil Espanhola. Francisco Franco tornou-se ditador no início da guerra civil e dela saiu vencedor. O país exausto e em ruínas permaneceu neutro durante a Segunda Guerra Mundial.

Catedral Burgos


Catedral de Santa Maria, em Burgos. As obras de construção da catedral, em estilo gótico com inspiração francesa, foram iniciadas em 1221, por iniciativa de Fernando III, e concluídas no século 16.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Espanha

Localização Geográfica da Espanha:

Espanha é um país de apenas 500 mil quilometros quadrados de superfície incluindo o seu território insular e as duas pequenas cidades que possui na África. Mesmo assim, dentro da Europa, é uma das maiores nações pelo tamanho. Divide com Portugal a península na que Europa culmina, chamada Península Ibérica. Seus vizinhos, velhos e grandes impérios são, ao norte o mar Cantábrico e as Ilhas Britanicas, ao oeste, Portugal, ao leste, França e o pequeno Principado de Andorra e ao sul, a imensa extensão viva que é África, separada apenas por uns 70 quilometros pelo Estreito de Gibraltar. Sua costa sudoriental está banhada amplamente pelo Mediterrânio, mar que tem desempenhado um importante papel na história espanhola.

Espanha é o país da Europa com mais jovens desempregados e sem estudo Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/espanha-o-pais-da-europa-com-mais-jovens-desempregados-sem-estudo-6050857#ixzz29iEfUVnI © 1996 - 2012. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.


MADRI — A crise econômica disparou o número de jovens da Espanha que não estudam e nem trabalham, conhecidos como a “generación ni-ni”. Em 2010, 23,7% dos espanhóis entre 15 e 29 anos se encontravam nesta situação, segundo o relatório Panorama da Educação 2012 da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) publicado nesta terça-feira.
Trata-se da segunda maior porcentagem da OCDE, somente atrás de Israel, com 27%, e se situa quase oito pontos acima da média dos países da organização, de 15,8%. Espanha também é o país com maior taxa de desemprego entre os cidadãos com ensino superior, e o segundo entre os que têm ensino secundário completo.
A porcentagem de jovens “ni-ni“ cresceu um ponto em 2010 em relação a 2009, quando havia registrado um salto de seis pontos na comparação com o ano anterior, protagonizando um dos maiores aumentos do grupo de países analisados —a OCDE é formada por 34 países considerados desenvolvidos, exceto México, Chile e Turquia.
Os mais afetados pela falta de oportunidades profissionais são os maiores de 25 anos, cuja taxa alcança 28,6%, 8,6 pontos acima da média da OCDE, seguidos pelos jovens entre 20 e 24 anos, cuja taxa chega a 27,4%. No total, independentemente da idade e do nível de estudos, o relatório destaca que o tamanho da população “ni-ni” na Espanha quase dobra a média da OCDE.
O relatório aponta também que a crise afeta com mais força os adultos com formação inferior. A taxa de desemprego cresceu de 9% em 2007 para 24,7% em 2010 entre os espanhóis com educação secundária, enquanto no caso dos com formação universitária, aumentou de 4,8% para 10,4%.
Apesar de resistir melhor ao avanço do desemprego, as categorias com formação superior na Espanha não escapam do contexto de recessão do país e suportam uma taxa de desocupação muito maior que a média da OCDE: em 2010, a porcentagem da Espanha era a segunda mais elevada da organização para pessoas com educação universitária (10,4%, enquanto a média era de 4,7%).
O maior nível de educação permite também reduzir a brecha salarial entre os gêneros e, no caso da Espanha, se diferencia da maioria dos países. O relatório destaca também a boa taxa de matrícula das crianças da Espanha, com 99% dos menores de três anos escolarizados, em sua maioria em instituições públicas de ensino.


quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Cultura da Espanha


Cultura da Espanha
Espanha é provavelmente mais conhecida pelas touradas e pelo flamenco, mas conta também com pintores de fama mundial como são os casos de Salvador Dalí e de Pablo Picasso.
Outros dos pintores mais conhecidos são Goya (1746-1828) e Velásquez (1599-1660), cujas obras podm ser admiradas no Museu do Prado, em Madrid.
As obras mais importantes de Velázquez são "Las Meninas e "La Rendición de Breda".
Espanha tem também alguns compositores de estatura mundial, bem como conhecidos cantores de ópera.
Os compositores espanhóis de fama mundial incluem nomes como Enrique Granados, Isaac Albéniz, Manuel de Falla e Joaquín Rodrigo.
Todos já ouvimos falar de Placido Domingo - o artista de ópera mais famoso de Espanha - assim como de José Carreras e de Montserrat Caballé.
A música e a dança flamenca surgiram no Sul de Espanha, mais precisamente na Andaluzia.
Os ciganos enraizaram-se aqui, tendo desenvolvido a sua cultura em Espanha.
Atualmente, a maioria das miúdas espanholas aprende a dançar sevillanas, uma das danças mais folclóricas.
O toureio ou a corrida de touros têm uma enorme importância na cultura espanhola.
Foi no século XVIII que se tornou popular.

domingo, 20 de maio de 2012

Espanha ganha mercado e traz novidades para o Brasil

Assim como a Itália, a Espanha é provavelmente o país do velho mundo que oferece a maior diversidade de vinhos, produzidos a partir de tipos de uvas nativas e internacionais como, por exemplo, Tempranillo e Mencía, ou as famosas Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah entre outras.
Com toda essa oferta há ainda uma enorme diferença de estilo. Regiões vitivinícolas estão espalhadas por todo o país, resultando em uma grande amplitude de climas e altitudes onde são cultivadas as vinhas. E enquanto alguns produtores adotam um estilo mais moderno que se baseia na utilização de novas barricas de carvalho, em parte ou na totalidade, para conferir mais elegância aos vinhos, outros têm mantido técnicas mais tradicionais, incluindo envelhecimento mais longo e o uso de grandes e velhos tonéis de carvalho.
Esta riqueza de estilo e as múltiplas opções de assemblage vêm conquistando o paladar dos consumidores, ávidos por novidades. Isso se nota aqui no Brasil através do crescimento das importações dos vinhos espanhóis em 2011. Em relação à quantidade de importação feita em 2010, houve um crescimento de 32,12%. Mesmo com preços até 83% mais caros em relação aos vinhos italianos, a participação vem aumentando a cada ano.
As regiões vinícolas da Espanha
Aqui uma relação de vinhos que estão despontando no mercado internacional e que, em breve, chegarão ao mercado brasileiro.
LA CONRERIA D’SCALA DEI
Priorat Iugiter 2007 – WS93
BERNARD MAGREZ
Priorat Herència del Padrí 2006 – WS91
CONDE DE JAUREGUI
Rioja Reserva 2005 – WS90
FINCA SANDOVAL
Manchuela Salia 2008 - WS90
ATALAYAS DE GOLBAN
Ribera del Duero Torre de Golbán Crianza 2007 - WS88
BODEGAS CEPA 21
Ribera del Duero Hito 2009 – WS88
DOMINIO DOSTARES
Prieto Picudo Viño de la Tierra de Castilla y León Estay 2008 – WS88
BODEGAS LUIS GURPEGUI MUGA
Rioja Dominio de la Plana 2010 - WS88
FINCA DEL MARQUESADO
Rioja Reserva 2005 – WS88
BODEGA SAN MARCOS
Viño de la Tierra Mad Dogs & Englishmen 2009 – WS88
BODEGAS VALDEMAR
Rioja Conde de Valdemar Reserva 2005 - WS88
BODEGAS CARCHELO
Jumilla 2010 WS87
VIÑA EGUÍA
Rioja Crianza 2008- WS87
BODEGAS Y VIÑEDOS O. FOURNIER
Tinta del Pais Ribera del Duero Urban 2009 - WS87
BODEGAS Y VIÑEDOS ILURCE
Graciano Rioja Rio Madre 2010 – WS86
TORRES
Catalunya Sangre de Toro 2009 WS86
BODEGAS LUIS GURPEGUI MUGA
Tempranillo Viño de la Tierra de Extremadura Pintoresco 2010 WS85
VIÑA PALACIEGA
Rioja 2009 – WS85
*WS é a abreviação para Wine Spectator, revista americana que avalia os vinhos numa escala de 0 a 100.

domingo, 1 de janeiro de 2012

História da Espanha

Não há consenso sobre quando surgiu efetivamente uma unidade administrativa precursora da atual Espanha. Espanha era, até ao séc. XVII, apenas um sinônimo de Península Ibérica, não se referindo a um país ou estado específico, mas sim ao conjunto de todo o território ibérico e dos países que nele se incluíam. O termo começa talvez a ser utilizado como significando um estado específico depois da união pessoal, sob o Rei Filipe, de Portugal e dos restantes reinos ibéricos, dos quais já era soberano. A partir de 1640, com a restauração da independência de Portugal, a designação Reino de Espanha manteve-se, apesar do estado com esse nome já não englobar toda a Península.

A abordagem da História de (ou da) Espanha mais comum é descrever em seus tópicos iniciais a história da Península Ibérica até os períodos anteriores à conquista da América.

Pré-História

Dólmen de Menga, sul da Espanha

Há fortes indícios de ocupação humana pré-histórica da península desde um passado remoto. Em 1848 foi encontrado numa caverna do atual território britânico de Gibraltar um crânio de um homem de Neanderthal de aproximadamente 60.000 anos. No atual território espanhol também existem pinturas rupestres na caverna de Altamira, com cerca de 15.000 anos. Dentre os achados da era dos metais está o dólmen de Menga e o dólmen de Viera. Por outro lado no atual território português, há 20 000 anos o homem gravou milhares de desenhos representando cavalos e bovídeos nas rochas xistosas do vale do Côa, afluente do rio Douro, situado na região nordeste de Portugal.

Hispânia pré-romana

O território que atualmente compõem a Espanha e Portugal era composto de diversos povos, como os celtas e os iberos. A Península Ibérica também foi habitada por colonos gregos e fenícios. Contudo, nenhum dos povos da Península compôs um governo único. Considera-se o ano de 19 a.C. como a data em que os romanos tinham conquistado praticamente toda a Península Ibérica e anexado o território aos domínios do Império Romano. .

Período romano

Durante o período romano, as terras denominadas de Hispânia passaram por diversas alterações administrativas. No período republicano, existiam as províncias da Hispânia Citerior e da Hispânia Ulterior. Em 27 a.C. , o general Agripa criou as províncias: Tarraconense, antiga Hispânia Citerior; a Bética e a Lusitânia, a partir da Hispânia Ulterior. Em 216, surgiu a Nova Hispânia Citerior Antoniniana, na região noroeste da península, aproximadamente onde hoje são as Astúrias. Diocleciano reuniu essas províncias, inclusive a Baleárica, a Tingitana e a Cartaginense, formando a diocese da Hispânia politicamente dependente das Gálias.

Domínio visigótico

A partir do século II a Roma começou a perder sua influência sobre a Hispânia. Como a conseqüência do enfraquecimento do Império Romano e a incapacidade de defender as fronteiras do território que lhe pertencia, tribos germânicas (alanos, suevos e vândalos conquistaram a península ibérica por volta do ano 410). Os suevos se estabeleceram na parte ocidental, aproximadamente onde atualmente é a Galiza e o norte de Portugal. Os vândalos inicialmente ocuparam a região oriental e sul da península.

Em 412 os visigodos fundaram um reino no sul da atual França, sediado em Tolosa. Aos poucos, o reino visigodo foi se expandindo ao sul e deslocando dos vândalos que, no ano de 429 migraram para a África. A capital visigótica foi então movida para Toledo. Atribui-se que o apogeu do Reino Visigótico se deu durante o reinado de Leovigildo (572 - 586). Em 585 os visigodos capturaram o rei dos suevos.

Os visigodos eram os mais romanizados dos povos bárbaros. Eles mantiveram o sistema legal romano. O modo de produção era parecido próximo do sistema feudal típico, e a religião predominante a católica. A cristologia classificada como heresia pela Igreja Católica denominada Arianismo propagou-se pelo reino, sendo combatida pelo rei católico Recaredo.

O controle do Islão

Mesquita em Córdoba, construída no período mouro.

Os territórios árabes, junto com a fé islâmica, tinham se propagado velozmente. Em 711, os muçulmanos (árabes e berberes) já tinham o controle no norte da África. Ainda no mesmo ano, liderados por Tárique capturaram e mataram o rei visigodo Rodrigo na batalha de Guadalete.

Em 773, em virtude da derrota da dinastia omíada pelos abássidas, o emir Abderraman I torna o Emirado de Córdoba independente do de Damasco, da qual fazia parte. Após seu reinado, sobe ao poder Abderraman II. Em 929 Abderraman III criou o Califado de Córdoba.

Reconquista

Naturalmente o avanço dos mouros não se deu sem resistência. Os adeptos do Islão estenderam seus territórios até o sul da atual França, quando foram derrotados pelos francos, liderados por Carlos Martel, em 732.

Antes disso, porém, já havia esforços por parte de povos cristãos para expulsar os muçulmanos da Península Ibérica. A primeira vitória contra os mouros dentro da península foi empreendida por Dom Pelágio, o primeiro rei de Astúrias, na batalha de Covadonga (722). Desde então, e à medida que as vitórias cristãs se foram sucedendo, começaram a chegar vagas de cavaleiros europeus para ajudar os Reis Cristãos na sua senda pela reconquista da Península Ibérica, eram as primeiras Cruzadas. Como sinal do reconhecimento e mérito pela ajuda, os reis Cristãos davam aos cruzados porções de terra, títulos, e casamento com filhas de nobres locais, ou até mesmo do próprio rei, ficando com o dever de gerir o território, lutar contra os Mouros e prestar vassalagem ao Rei.

Isto veio fazer com que a Reconquista não fosse exatamente uma cooperação entre reis Cristãos contra os Mouros, pois na realidade, os reinos cristãos no norte da Península Ibérica guerrearam uns com os outros (na luta pelo poder, sucessões ao trono, ou até mesmo a independência. Muitos condados tentaram a independência, mas só o Condado Portucalense conseguiu, tornando-se mais tarde no Reino de Portugal) tanto quanto contra os muçulmanos. Os dois principais reinos cristãos eram: o Reino de Astúrias sediado em Oviedo; e Navarra. Com as derrotas dos omíadas foi criado o Reino de Leão em 913. Sancho III de Navarra pôs seu filho Fernando na liderança de Castela. Ele conseguiu unir Navarra, Galiza, Astúrias e Leão sob sua liderança. Com a morte de Fernando, o reino foi dividido entre os filhos Afonso, Sancho e Garcia. Garcia nunca chegou ao poder; Afonso foi exilado após tentar tomar o poder de Sancho. Após a morte de Sancho II, Afonso retornou ao trono de Castela.

Castela e Portuscale (Portugal) passaram a ser então os dois reinos a fazer frente aos Mouros, uma vez que Castela conseguia unir debaixo da mesma coroa Galiza, Astúrias, Navarra e Catalunha. Portuscale conseguiu mais eficazmente e rapidamente expulsar os Mouros, sendo que no final do século X, o rei Dom Sancho I (1189 - 1191) conseguiu expulsar definitivamente os Mouros do Algarve, terminando assim a reconquista portuguesa. A Partir daqui, Portugal foi afirmando a sua independência e identidade, até ao século XV, em que foram iniciados os Descobrimentos, com a exploração e conquista do norte de África. Castela já foi bem mais lenta na sua reconquista, sendo que a terminou por completo nos finais do século XIII.

Aos poucos as terras de domínio mouro foram se reduzindo até uma pequena porção em Granada. A Espanha foi unificada através dos reis católicos: Isabel I de Castela e Fernando II de Aragão. Sob seu reinado, os mouros foram expulsos da Península Ibérica, o poder da nobreza foi reduzido e castelos de nobres foram destruídos. Os mouros e judeus foram obrigados ao batismo ou ao exílio, caso recusassem eram mortos.

A conquista da América

Ainda no período dos reis católicos, a Espanha empreendeu uma política de financiamento de explorações marítimas, rivalizando poder com Portugal. Entre elas, a viagem de Cristóvão Colombo tornou a América conhecida à Europa. A partir desse fato, a Espanha colonizou as terras do Novo Mundo e através de seus conquistadores, diversos povos indígenas foram reprimidos, como as civilizações Inca, Asteca e Maia.

Para evitar disputas com outras nações européias, a Espanha firmou com Portugal através do Papa Alexandre VI o Tratado de Tordesilhas, para definir os territórios do Novo Mundo que pertenceriam a cada país.

A Espanha trouxe do continente americano gigantescas porções de prata e ouro. Entretanto esse modo de exploração foi prejudicial ao país. Enquanto a economia era dependente das colônias na América, outras atividades como o comércio não foram desenvolvidas como em outros países, por exemplo, a Inglaterra. Isso provocou a desvalorização da moeda espanhola e diversas crises econômicas.

Dinastia Habsburgo

O Império Colonial Espanhol atingiu seu auge e declinou sob a dinastia dos Habsburgos. A Espanha obteve sua maior extensão sob Carlos I, também intitulado Imperador Carlos V do Sacro Império Romano-Germânico.

Após a morte de Carlos I em 1556, o extenso reino se dividiu em duas porções: o Sacro Império de um lado; a Espanha e os Países Baixos de outra, sob o controle de Filipe II. Em 1580, com a morte de Dom Henrique, Filipe II unifica as coroas portuguesa e espanhola sob seu poder.

A grande extensão gerou conflitos internos. Em 1640 Portugal readquire sua independência. Em 1648 o rei Filipe IV reconhece a independência dos Países Baixos com o fim da Guerra dos Oitenta Anos. A o domínio de Filipe V, da dinastia Bourbon, que persiste até hoje.

Período Napoleônico

.Filipe V foi sucedido por Fernando VI, Carlos III e Carlos IV. No governo desse último, as tropas de Napoleão Bonaparte invadiram o território espanhol e puseram o irmão José Bonaparte no poder. A casa dos Bourbon foi restaurada em 1813 com a posse de Fernando VII. Nesse período de agitação interna, as colônias espanholas na América tiveram a oportunidade de lutar por sua independência. Até 1830, a Espanha tinha perdido a maioria de suas colônias no continente.

Governo de Fernando VII

Durante o período de 1814 a 1820, restabelece o governo absolutista dos antecessores Bourbons. Suas medidas foram de repressão aos liberais, que pretendiam a criação uma constituição. Uma revolta chefiada por Rafael de Riego obriga o rei a aceitar uma constituição. Esse período (o Triênio Liberal) dura de 1820 a 1823. Nesse ano o rei promoveu um golpe de Estado e restabeleceu o absolutismo.

Guerras Carlistas

A sucessora de Fernando VII após sua morte em 1833 foi sua filha Isabel II, porém, o cunhado Carlos Maria Isidro, auto-intitulado Carlos V reivindicava o trono. Parte do exército espanhol, liderado por Tomás de Zumalacárregui iniciou a primeira Guerra Carlista, que durou sete anos. Carlos V é sucedido pelo seu filho Carlos Luís de Bourbon (Carlos VI) que inicia a Segunda Guerra Carlista entre 1847 e 1860. A seqüência do poder não-efetivo dos carlistas continuou com João III e Carlos VII.

Governo Amadeu I da dinastia de Sabóia

Em 1868, Isabel II foi destronada e foi proclamada uma monarquia constitucional. Foi posto como regente o general Serrano e, em 1870 empossaram Amadeu I da casa de Sabóia o novo rei. Envolvido com a Terceira Guerra Carlista, iniciada em 1872 e pela insatisfação popular, Amadeu I renunciou em 11 de fevereiro de 1873.

Primeira República

Com a renúncia da Amadeu I, a população de Madri e deputados republicanos fundaram a Primeira República Espanhola. São formadas duas correntes principais: os unitários, que preferem um estado de controle centralizado, e os federais, que propõem uma menor centralização do poder em favor de regiões administrativas menores.

O primeiro presidente foi Estanislao Figueiras (unitário). Em junho do mesmo ano, a assembléia constituinte empossa Francisco Pi i Margall (federal). Rebeliões separatistas por todo o país induzem a renúncia de Francisco Margall, que é sucedido por Nicolás Salmerón (federal), que ordena ao exército sufocar as revoltas.

Nicolás também se demite, sendo nomeado presidente Emilio Castelar (unitário), apoiado pelos monarquistas e contra os federais e carlistas. Por não ter maioria no parlamento, o simpatizante do monarquismo, o general Manuel Campos y Pavía efetuou um golpe de estado. O general Francisco Serrano assume a presidência, e após seu mandato a monarquia é restituída, assumindo Afonso XII, filho de Isabel II.

Período de Afonso XIII

No governo de Afonso XIII, filho de Afonso XII, a Espanha passou por dificuldades políticas como o desastre de 1898 (quando perdeu diversas colônias) e o desastre de Anual de 1921 quando perdeu numa importante batalha contra Marrocos. Com o apoio do próprio rei, foi instalada a ditadura de Miguel Primo de Rivera durante 1923 e 1930.

Segunda República Espanhola

Com a renúncia de Primo de Rivera, assumiu como chefe de governo Dámaso Berenguer. Pressionado pelos republicanos, Berenguer renuncia e é instalada a Segunda República Espanhola. Afonso XIII saiu do país.

Conflitos entre as forças esquerdistas (que governaram de 1931 a 1933 e de centro-direita (1933 a 1935) culminaram com a guerra civil.

Um ponto importante nesses conflitos foi o golpe de estado esquerdista de 1934 contra a entrada no governo da CEDA partido de direita que tinha ganhado legitimamente as eleições.

Guerra Civil Espanhola (1936-1939)

Conseqüências da Guerra: o controle da cidade de Teruel alternou entre adversários várias vezes, o que provocou a quase destruição da cidade. Na foto, soldado republicano revistando a Plaza de Toros de Teruel em 1 de abril de 1938.

A Guerra Civil Espanhola foi um conflito entre os republicanos, metade dos quais queriam manter o regime democrático iniciado em 1931 e a outra metade queria uma revolução que na prática levava a uma ditadura, e os nacionalistas que tinham feito um golpe de Estado preventivo anti-revolucionario em 1936, e implantado uma ditadura, chefiada por Francisco Franco.

Desde o golpe de estado de 18 de julho a republica tinha na prática se acabado mesmo na zona leal onde o golpe não venceu imediatamente sendo sucedida nessa zona primeiro por diversas ditaduras de partidos e pelo caos anarquista e depois por uma na prática ditadura comunista. Houve 70 mil assassinados na zona republicana e 55 mil assassinados na zona nacionalista.

Essa guerra é freqüentemente considerada uma “prévia” da Segunda Guerra Mundial, pela participação de potências como a Alemanha nazista, a Itália de um lado e a União Soviética do outro. Outros países democráticos da Europa permaneceram indiferentes às manobras políticas de Hitler.

Governo Franco

Francisco Franco se tornou ditador no início da guerra civil e dela saiu vencedor. Seu governo foi tipicamente autoritário e de partido único. Apesar das semelhanças com a ideologia fascista, a Espanha permanceu neutra durante a Segunda Guerra Mundial. No pós-guerra, no período da Guerra Fria, o país se aliou ao bloco capitalista.

Durante a década de 1960, a Espanha passou por uma fase de crescimento econômico, propiciado pela expansão do turismo e pela entrada de divisas de emigrantes. Surgiram grupos terroristas como o ETA e o FRAP, e a repressão veio inclusive sob a forma de pena de morte.

Em 1969 Juan Carlos I de Bourbon foi nomeado rei. Ainda com a monarquia estabelecida, Franco continuou como chefe de governo até 1975, ano da sua morte.

Transição para a democracia (1975-1982)

O rei Juan Carlos teve importante participação na transição democrática espanhola. Entre as medidas relevantes do presidente nomeado pelo rei Adolfo Suárez estão:

Um plebiscito no qual o povo espanhol aprovou o sistema de democracia parlamentarista;

A convocação de uma eleição para definir os representanrtes que participariam da construção de uma nova constituição (concluída em 1978).

Na primeira eleição democrática pós-Franco, o partido de direita UCD atingiu a maioria dos votos. Contudo esse partido não tinha unidade. Suárez foi substituído por Calvo Sotelo, que dissolveu o parlamento e marcou novas eleições para 1982. O resultado das eleições foi uma grave derrota do UCD e a vitória do PSOE, um partido de centro-esquerda.

Atualidade

Já no período democrático, a Espanha tenta superar problemas internos como o terrorismo praticado pelo grupo separatista ETA. Enquanto isso, a nação passa por uma fase de prosperidade econômica.

Fatos importantes no período democrático

1986 - Ingresso na Comunidade Econômica Européia.
1992 - Jogos Olímpicos de Barcelona.
1993 - Vitória do PSOE nas eleições gerais.
1996 - Eleições gerais: maioria relativa do Partido Popular (PP) liderado por José María Aznar.
2000 - Eleições gerais: maioria absoluta do PP. José Maria Aznar continua à frente do governo.
2004 - Em 11 de março, três dias antes das eleições gerais espanholas, ocorre uma serie de atentados em Madri que mata pelo menos 190 pessoas.
Em 14 de março ganha as eleições o PSOE, e José Luis Rodríguez Zapatero se torna presidente e María Teresa Fernández de la Vega se torna a primeira Vice-presidente do governo espanhol.
Em 22 de maio o Príncipe Filipe se casa com a jornalista, Letizia Ortiz Rocasolano.