sexta-feira, 26 de agosto de 2011

HISTÓRIA DA MONARQUIA DA ESPANHA

A Espanha tem uma ds mais extraordinárias histórias políticas e culturais do mundo ocidental. É uma história mesclada de nomes míticos, condes, califas, cruzadas e reis, que se inicia desde os princípios da civilizaçãos que chega a adquirir contornos de ficção, com toques folclóricos e de romance, embora verdadeiras. Essa história começa com os bascos, povo habitante dos vales frios e montanhosos do norte e nordeste. Depois sobressaíram-se os ibéricos, em princípios do terceiro milênio antes da era cristã e que deram o nome de Ibérica à península. Mil anos mais tarde chegaram os celtas, através da Galícia, e os navegantes fenícios, que povoaram as primeiras grandes e tradicionais cidades, especialmente no litoral mediterrâneo. Seguiram-se os gregos e os cartigineses, que fundaram Cartagena (225 a. C.) e batizaram a região com o nome de Spania.

Em princípios do penúltimo século antes de Cristo chegaram os romanos, que expulsaram os cartigineses, mas não conseguiram submeter totalmente e unificar os diversos reinos nativos durante os vários anos de domínio imperial de Roma. A desintegração do Império Romano do Ocidente durante o século V, permitiu a ocupação pelos bárbaros invasores vindos do leste europeu, especialmente os visigodos, que estabeleceram o reinado de Toledo. Três séculos depois chegaram os mouros, vindos da África do Norte, e através do estreito de Gibraltar, que impuseram um domínio muçulmano de quase oito séculos no sul do país, um dos mais brilhantes da civilização espanhola. Extremamente cultos, permitiram a convivência pacífica entre judeus e árabes e cristãos e islâmicos, introduziram novas técnicas de engenharia e desenvolveram a agricultura, inclusive sistemas de irrigação e a introdução de novas culturas. As marcas dessa passagem é evidente especialmente na cultura e na arte da Espanha moderna. Na realidade, apesar da s inúmeras tentativas, os mouros nunca conseguiram dominar o noroeste de Galícia e Astúrias e foi nesta última que Palayo, um rei cristão, iniciou no início do segundo milênio cristão um projeto de unificação do país e que tinha como prioridade a expulsão dos invasores e o professamento do cristianismo romano. Nesta Reconquistao primeiro soberano a se destacar foi, Alfonso VI de Castela, que capturou Toledo (1085) e assumiu o controle do Norte. Depois de Valência, Sevilha e Córdoba, a última cidade importante em mãos mouras foi Granada, que ainda permaneceram na península por cerca de dois séculos. Assim, antes da unificação, a Espanha era dividida em diversos reinos: Astúrias, Leão, Castela, Galiza, Navarra, Aragão e Condado de Barcelona. O território espanhol começou a se definir como tal é hoje, com o casamento (1469) dos dois históricos monarcas católicos, FernandoII de Aragão (1452-1516) e Isabel de Castela (1451-1504).

O poder real fortaleceu-se frente à nobreza, criou-se a Santa Irmandade para garantir a ordem, reorganizou o exército e a legislação dos dois reinados foi unificada. Após uma luta de dez anos (1482-1492) o reino de Granada caiu e os mouros foram expulsos da Espanha, juntamente com os judeus (1492) por não abraçaram o cristianismo, resultado extremamente estratégico para o fortalecimento da coroa por meio do apoio da Igreja Católica. Era o início da unificação de toda a Espanha, época aura da política da nação espanhola, inclusive cm a descoberta do Novo Mundo, as Américas, e também o momento de um dos piores excessos de intolerância. Com o casamento de sua filha Joana a Louca (1479-1555) com Felipe I de Habsburgo (1478-1506), da Casa de Habsburgo ou Hapsburg, também chamada Casa da Áustria, uma das mais poderosas famílias políticas da Europa, durante mais da metade do primeiro milênio cristão, fundou-se a primeira dinastia da real monarquia espanhola.

O filho de Joana com Felipe, Carlos I de Espanha, se tornou o primeiro Habsburg espanhol e um dos governantes mais poderosos da história como Carlos V, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico. Chegou ao México e ao Peru, herdou a Áustria e os Países Baixos e anexou Nápoles e Milão. Conquistou a Contra-Reforma e a Ordem Jesuíta foi criada para ajudar a defender o Catolicismo do Protecionismo Europeu e, católico fervoroso, sustentou a contínua luta contra os luteranos alemães e turcos.

Com a morte (1700) de Carlos II (1661-1700), o último Habsburg espanhol por não deixar herdeiros, desencadeou-se uma guerra pela sucessão espanhola e Felipe de Anjou foi coroado Felipe V (1683-1746), iniciando a Casa de Bourbon, que segue até hoje, com o rei Juan Carlos I (1938 - ). Esta dinastia foi interrompida com a ocupação das forças napoleônicas (1808) com o trono ocupado por Jose Bonaparte (1768-1844), mas os espanhóis não aceitaram esse domínio e começaram uma luta de guerrilhas (1808-1814) e os franceses foram finalmente expulsos seis anos depois. Fernando VII (1784-1833) assumiu como Rei de Espanha (1813-1833), restaurando a Casa de Bourbon. Neste período de instabilidades político-institucionais a maioria das colônias latino-americanas aproveitaram a oportunidade para proclamar sua independência da coroa espanhola.

O restante do século o país conviveu, como de todo o resto da Europa, com guerras civis e revoltas inspiradas por correntes republicanas e que propiciaram a perda das últimas possessões ultramarinas como Cuba, Porto Rico e Filipinas. Depois do turbulento reinando Isabel II, destronada por uma revolução (1968) e em seu lugar foi colocado Amadeu I de Saboya (1845-1890), mas este renunciou a coroa (1973) e proclamando-se a I República, que durou somente até dezembro do ano seguinte. O trono foi devolvido aos Bourbons, através da coroação de Alfonso XII (1857-1885), filho da deposta e ainda viva Isabel II de Bourbon (1830-1904).

Seu herdeiro Alfonso XIII depois de sentir-se impotente para resolver problemas problemas civis-sociais, abandonou o trono e autoexílou-se em Roma (1931), deixando o poder para um incipiente movimento republicano que terminou em uma violenta e trágica guerra civil idealista (1936-1939), onde mais de meio milhão de pessoas morreram e que no final trouxe ao poder um jovem general de direita chamado Francisco Franco, o Caudilho de Espanha. No seu governo a Espanha oficialmente manteve-se neutra durante a Segunda Guerra Mundial, embora reconhecidamente mantivesse simpatias pelo nazismo. Depois da guerra assinou um acordo (1953) para a construção de bases da OTAN em território espanhol e iniciou uma fase contínua de crescimento econômico e desenvolvimentista na área tecnológica. O ditador anunciou (1969), que seu sucessor seria Juan Carlos de Bourbon (1938 - ), o neto de Alfonso XIII (1886-1941) , especialmente preparado por ele para isto. Após a morte de Franco (1975) o jovem monarca assumiu o poder e revelou-se um dinâmico democrata, elaborando uma nova constituição, garantindo sem limitações as liberdades civis e de expressão sob um dos mais bem sucedidos governos parlamentaristas da Europa.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Espanha


Madri, capital da Espanha.

A Espanha ou Reino de Espanha é um país europeu localizado na Península Ibérica. Seu território limita-se com Portugal, a oeste; com o Mar Mediterrâneo, a leste e ao sul; e com a França e o oceano Atlântico, ao norte. Geograficamente, o território espanhol encontra-se parte no hemisfério norte e parte no hemisfério ocidental.

O país tem como capital a cidade de Madrid. O território do país abrange uma área de 504 782 km², onde está dispersa uma população de aproximadamente 44,9 milhões de habitantes.

A Espanha é regida por um sistema de governo de monarquia, o poder político é dividido em três: poder executivo, poder judicial e poder legislativo.

Mais de 50% da topografia do país é constituída por planaltos, onde a altitude possui em média 600 metros acima do nível do mar. O clima do país apresenta-se de forma variada, sendo identificado do tipo continental (no centro do país), mediterrâneo (no litoral leste e sul) e oceânico (litoral norte). Na hidrografia, os principais rios são: Tejo, Ebro, Douro, Guadiana, Guadalquivir e Minho.

A Espanha está em quinto lugar entre as principais economias da Europa, apresentando um PIB que supera 1,4 trilhão de dólares. Sua economia tem como base a exportação de veículos, além de calçados, construção naval, indústria siderúrgica, química e têxtil. Na agricultura os destaques são para a produção de uvas e laranjas. Os espanhóis são grandes produtores de vinhos e azeites.
A pesca também é uma atividade econômica difundida, o país possui a maior frota pesqueira do mundo. O turismo tem sido responsável por grande parte da receita do país.

A constituição espanhola garante a liberdade de culto, sendo assim, as principais religiões praticadas são: catolicismo (predominante), ateismo, agnosticismo, islamismo, protestantismo, mormonismo e Testemunhas de Jeová.

Informaçõe gerais

Nome: Reino da Espanha.

Bandeira:

Brasão:

Língua oficial: espanhol, e cooficial: basco, catalão, valenciano e galego.

Entrada na União Europeia: 1° de janeiro de 1986.

Renda per capita: 33.700 dólares.

IDH (Índice de Desenvolvimento Humano): 0,863 (muito alto).

Esperança de vida: 80,7 anos.

Mortalidade infantil: 4,31/mil nasc.

Moeda: euro.

Cultura da Espanha

Arquitetura
A arquitetura da Espanha revela a influência dos vários povos que dominaram o país. Alguns aquedutos, pontes e outras edificações dos antigos romanos ainda estão em uso., enquanto ruínas de outros monumentos romanos podem ser vistas em todo o país.
Mesquitas (templos) construídas pelos mouros erguem-se em algumas cidades do sul, embora a maioria dessas construções sejam agora igrejas católicas.
A enorme catedral de Córdoba foi construída como mesquita no século VIII. Mais de mil colunas de granito, jaspe, mármore e ônix sustentam suas arcadas. Os mouros construíram castelos fortificados chamados alcáçares.
O mais famosoe o esplêndido Alhambra, em Granada.
A Espanha tem cerca de 1400 castelos e palácios, incluíndo os alcáçeres. O Escorial, que é uma combinação de mausoléu, igreja, mosteiro e palácio, se encontra a cerca de 48 km ao noroeste de Madri. Foi construído no século XVI: é uma das maiores edificações do mundo. A estrutura de granito cinzento ocupa quase 37 mil metros quadrados, tem 300 salas, 88 fontes e 86 escadas. Os túmulos de muitos monarcas espanhóis encontram-se no Escorial.
A uma distância aproximada de 16 km do Escorial fica o Vale dos Caídos, outro monumento aos mortos e mosteiro. Os mausoléus encontram-se no inteiror de uma montanha.Cerca de 46 mil mortos durante a Guerra Civil Espanhola estão enterrados nesse local, assim como o corpo do ditador Francisco Franco.
Uma cruz com 150 m de altura, feita de concreto armado, foi colocada em cima da montanha.
A catedral gótica de Sevilha é a segunda maior igreja da Europa. Apenas a Basílica de São Pedro, em Roma, a supera. A catedral de Sevilha em 116 m de comprimentoe 76 m de largura, e sua torre ergue-se a 120 m..
MÚSICA
Ao contrário de muitos outros países europeus, a Espanha foi berço de poucos compositores importantes de óperas e sinfonias. No século XVII, compositores espanhóis criaram uma modalidade de opereta chamada zarzuela, que combina canto e diálogo. Os músicosmais cinhecidos da Espanha no século XX são o violoncelista Pablo Casals, o compositor Manuel de Falla e o violonista clássico Andrés Segóvia.
Na Espanha existem cantos e danças folclóricas. O povo de cada região tem suas canções e danças especiais. O acompanhamento é feito com castanholas, violões e pandeiros. Danças espanholas como o bolero, o fandango e o flamenco tornaram-se mundialmente conhecidas.
ARTES
A Espanha tem uma rica tradição artística e foi berço de alguns dos maiores pintores e escritores do mundo. As artes na Espanha tiveram seu apogeu no chamado Século de Ouro, entre os séculos XVI e XVII, quando o país era uma das maiores potências mundiais. Desde então as artes conheceram certa decadência, mas houve um renascimento no século XX.
LITERATURA
As mais antigas obras espanholas ainda existentes são O Poema do Cid e O Drama dos Reis Magos. Especialistas acreditam que ambas as obras datem do século XII, mas não sabem quem as escreveu. O Poema do Cid narra as façanhas de um dos heróis nacionais da Espanha.
Apenas uma parte de O Drama dos Reis Magos se conservou: a obra trata da visita dos Reis Magos ao Menino Jesus.
Durante o Século de Ouro, os escritores espanhóis produziram algumas das mais conhecidas obras literárias do país.
Por exemplo Miguel Cervantes escreveu Dom Quixote, uma das mais importantes obras literárias de todos os tempos. O dramaturgo Pedro Calderón de la Barca escreveu a famosa peça A Vida é Sonho.
Entre os principais escritores espanhóis do século XX contam-se os ensaístas José Ortega y Gasset e Miguel de Unamuno, o dramaturgo Antonio Buero Vallejo, o romanciscta Camilo José Cela e os poetas Garcia Lorca e Juan Ramón Jimenez.
ALGUNS ESCRITORES
LOPE DE VEGA: (1562 - 1635) Poeta e dramaturgo barroco, é considerado o criador do teatro espanhol do século XVII. Extremamente produtivo, consta que escreveu 1.500 peças. Exagero ou não, Lope de Veja dominou os palcos teatrais até a chegada de Pedro Calderón de la Barca, que lhe roubou o público.
Lope de Veja foi o escritor da realeza, personagem de grande parte de suas obras. "O Melhor Alcaide é o Rei" (1607), com essa temática, foi e ainda é uma de suas peças mais encenadas.
FEDERICO GARCÍA LORCA: (1898 - 1936) Ídolo literário dos fãs do binômio liberdade e rebeldia, o escritor granadino cantou a Espanha na maioria de seus versos. "Canciones Gitanas" (1927), de poesias, o consagrou. García Lorca desempenhou um papel importante também como dramaturgo. Escreveu, entre outras, a trilogia trágica "Bodas de Sangue" (1933), "Yerma" (1934)e "A Casa de Bernarda Alba" (1936).
Lutou na Guerra Civil Espanhola contra os franquistas e foi fuzilado por eles em 1936.
PEDRO CALDERÓN DE LA BARCA: (1660 - 1681) Quando escreveu que "toda la vida es sueño y los sueños, sueños son", o dramaturgo talvez não imaginasse que a peça "A Vida é Sonho"(1635) faria sucesso tal a ponto de destronar Lope de Veja.
Calderón tinha como principal temática a luta de foice entre o livre arbítrio e as limitações impostas pelas convenções sociais, a religião e a honra.
MIGUEL DE CERVANTES (1547 - 1616) - Sinônimo de literatura espanhola, o autor de "El Ingenioso Hidalgo Don Quijote de la Mancha" (1605) revolucionou o mundo da pena e do papel ao utilizar recursos como a ironia e o humor em sua obra mais conhecida. Nenhum outro livro seu alcançou a mesma fama que as aventuras do cavaleiro das ilusões, Don Quixote, e seu fiel escudeiro.
PINTURA
Os principais pintores espanhóis durante o Século de Ouro foram El Greco, Murillo e Velázquez. Um dos primeiros mestres da arte moderna, Goya, destacou-se durante o final do século XVIII e começo do século XIX.
O mais conhecido artista espanhol depois de 1900 foi Pablo Picasso. Ele criou, além de suas pinturas, magníficos desenhos, esculturas, gravuras e cerâmicas. Entre outros destacados pintores espanhóis modernos encontram-se Salvador Dali, Juan Gris, Joan Miró e Antonio Tapies.
ALGUNS PINTORES
DIEGO DE VELÁZQUEZ: Artista da nobreza por excelência, Velázquez é autor de uma das obras espanholas mais reproduzidas e admiradas, a tela "As Meninas". Nela, o autor aparece à esquerda, pintando meninas da corte. Contrariando as tendências da época, Velázquez retratou também os desfavorecidos. "As fiandeiras" (1657- 1660) foi o primeiro quadro da história a ter operárias como tema.
EL GRECO: (1541 - 1614): Um dos maiores pesos-pesados das artes plásticas, nasceu em Creta e morou durante grande parte da sua vida em Toledo, cidade retratada na tela "Vista de Toledo sob a Tempestade" (1610- 1614), uma de suas obras primas.
El Greco impregnou suas produções de um realismo atroz, capaz de traduzir o caos humano em jogos de sombras e de claros-escuros. Outras telas do artista bastante conhecidas são "Visão de São João"(1610 - 1614), " A Ressurreição de Cristo" (1600 - 1603) e "Laocoonte" (1610- 1614).
JOAN MIRÓ (1893 - 1983): Um dos frutos mais fecundos de Barcelona, o artista traçou linhas e figuras algo pueris que conquistaram uma legião de admiradores.
Considerado um dos maiores mestres da composição cromática, salpicou com toques de alegria a maioria de seus quadros.
GOYA (1746 - 1828): Nascido em Fuendetodos, próximo a Zaragoza, concorre com El Greco no quesito "gênios da pintura espanhola". Outro mestre do realismo, Goya transpôs para suas telas um mundo povoado por bruxas, demônios e também pessoas comuns. "Maja Desnuda"(1796 ), que mostra uma mulher em duas versões, com e sem roupa, provocou furor na época. É uma de suas óbras mais famosas.
PABLO PICASSO (1891 - 1973): Depois da fase azul e da fase rosa, criou cubismo, com "Les Demoiselles d`Avignon"(1907). Foi um dos artistas mais prestigiados do século 20.
FOLCLORE
As antigas características regionais de Castela, Andaluzia, Galícia, Catalunha e das províncias bascas, acentuadas por contrastes naturais, continuam a existir, embora haja diferenças quanto à resistência em assimilar novos costumes.
As comunidades locais preservam sua vitalidade, muitas vezes enfraquecida pela centralização do governo.
Por outro lado, a industrialização criou classes superiores de banqueiros e homens de negócio que trazem consigo algum espírito de renovação.
A própria Igreja espanhola, a partir do concílio ecumênico, tem cedido às pressões do Vaticano, promovendo reformas econômicas e sociais.
No entanto, os costumes tradicionais - alguns de grande beleza - persistem.
A Fiesta é um dos principais traços da vida social espanhola, não só nos pueblos mas também nas cidades.
Elas ocorrem em dias santificados e incluem peregrinações, feiras especiais, carnaval tudo acompanhado de fogos de artifício e touradas.
As romerías aos lugares santos acontecem sobretudo no verão.
Uma das mais conhecidas é a del Rocio, realizada no dia de Pentecostes, em Huelva.
A verbena é uma feira noturna em cidades e vilas, principalmente Madri. Sevilha tem a sua feira de abril e a famosa procissão de semana santa, que dura vários dias.
Valência é conhecida pela procissão de São José, em que se destacam enormes bonecos; em Pamplona há uma festa em que touros jovens são soltos pelas ruas e os habitantes transformam-se em "toreadores". A tourada, aliás, é o espetáculo nacional por excelência.
CULINÁRIA
Na região central da Espanha, temos de cordeiro (cordero) a leitão (cochinello), preparados de maneira artesanal, passando por caças como faisão, perdiz e javali. A paelha, prato típico da região de Valência, é feito á base de arroz e açafrão. As tapas (entradas) usam e abusam do chouriço, além do sem igual presunto de guijuelo.
Da região central também vem o melhor queijo da Espanha - o manchego (que, quando curado; parece bastante com o parmesão) à base de leite de ovelhas criadas na planície de La Mancha - e leguminosas (feijão, grão-de-bico) e lentilha de todas as cores formatos e tamanhos.
Duas sopas, uma para o verão e outra para o inverno, merecem destaque: castellana e gaspacho. São sempre acompanhadas de pães, cujos miolos, refogados com pimentões e bacon, e inspiradas nos pastores.
Nas sobremesas, os doces mais tradicionais são as "yemas de Ávila" (gemas de ovos açucarados), as "almendras garrapiñadas de Alcalá de Henares" (amêndoas confeitadas) e os "marzapãs de Toledo", marzipãs.
Além dessas iguarias, há também puchero, conhecido em todo o mundo, pollo chilindron (frango espanhol) e os lanches: pancho com panchetta (cachorro quente com bacon), tortilla (pastel espanhol) e a bebida sangria (feita com vinho, laranja e água mineral com gás).